A Fifa está impedindo a divulgação de um documento que revela a identidade de dois dirigentes da entidade que foram forçados a devolver dinheiro de propina após um acordo para encerrar uma investigação criminal na Suíça no ano passado. Segundo o programa Panorama, da rede britânica BBC, um dos dois dirigentes é o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que integra também o Comitê Executivo da Fifa.
O acordo deu fim a uma investigação sobre propinas pagas a altos dirigentes da Fifa na década de 1990 pela ISL, empresa de marketing esportivo responsável pela venda de direitos de TV das Copas até 2001, quando faliu.
Segundo a BBC, o acerto passou também pelo brasileiro João Havelange, ex-presidente da Fifa. Teixeira e Havelange teriam entrado em acordo com o atual presidente, Joseph Blatter, para a não divulgação do documento.
No ano passado, o Panorama acusou três integrantes do Comitê Executivo da Fifa de receber propinas da ISL. Além de Teixeira, foram citados o paraguaio Nicolas Leoz e o camaronês Issa Hayatou. Pagamentos feitos aos três dirigentes estavam em uma lista secreta obtida pelo programa de TV. O valor das propinas chega a US$ 100 milhões.
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